No cenário atual, a inclusão digital no Brasil está em constante evolução, contudo, essa progressão não se distribui de maneira uniforme por todo o território nacional. Isso se torna especialmente evidente ao observarmos as disparidades entre as zonas rurais e as cidades do interior. Segundo dados do IBGE, um em cada quatro brasileiros ainda enfrenta a falta de acesso à internet, o que impacta diretamente em sua educação, comunicação e acesso à informação.

De 13 a 15 de dezembro de 2023, a Associação Nacional para Inclusão Digital (ANID) promoverá o segundo Acampamento Inclusivo em Aldeia indígena, na Baía da Traição, no Estado da Paraíba. Aproximadamente 90% do município está inserido em reservas indígenas.

O povo Potiguara, foram uma das etnias tupis mais resilientes contra a invasão dos portugueses no século XVI, atualmente são um dos povos indígenas oficialmente reconhecido no Estado da Paraíba, Com uma população de aproximadamente 19 mil indígenas entre habitantes das aldeias e das cidades de Baía da Traição, Marcação e Rio Tinto, os Potiguara se concentram numa área do litoral norte paraibano situada entre os rios Camaratuba e Mamanguape.

O propósito central deste evento é promover debates e apresentar propostas de grande relevância para a sociedade contemporânea, reunindo especialistas nas áreas de tecnologia, sociedade civil, universitários, estudantes das redes pública e privada, povos indígenas, instituições governamentais e organizações não-governamentais. A estimativa é de uma programação, que incluirá salas destinadas a maratonas de programação (Hackathon), oficinas de robótica, oficinas indígenas, palestras, mesas de debates relevantes, festival cultural, camping e oficina de observação dos astros.

O evento é uma iniciativa conjunta da ANID, Secretaria de Educação da Baía da Traição e do Governo do Estado da Paraíba, com o apoio essencial da Prefeitura Municipal da Baía da Traição e do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). Este esforço coletivo representa um passo significativo em direção a um Brasil digitalmente inclusivo e equitativo, especialmente nas regiões que mais necessitam desse avanço.